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Imobiliário

À procura de casa na Internet? Como evitar ser enganado

26 mar 2019 min de leitura

"Encontrar uma casa para comprar ou arrendar nos dias que correm, a um preço acessível, pode parecer uma missão impossível. E o desespero pode tornar-te mais vulnerável a seres enganado. No artigo de hoje da rubrica semanal Deco Alerta, destinada aos consumidores em Portugal e assegurada pela Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor para o idealista/news, damos-te um conjunto de dicas que deverás seguir para evitar que sejas vítima de fraude na pesquisa de um novo lar na Internet.

Envia a tua questão para a Deco, por email para decolx@deco.pt ou por telefone para 00 351 21 371 02 20.

Estou à procura de casa e tenho feito a minha pesquisa essencialmente nos anúncios da Internet. Por vezes vejo alguns que me fazem suspeitar da sua veracidade. Que conselhos podem prestar para evitar cair no conto do vigário?

A tua questão é muito pertinente e será, certamente, útil para outros consumidores nesta situação.

Em primeiro lugar, deves saber que os anúncios divulgados em plataformas [como é o caso do idealista] na Internet tanto podem ser inseridos por agências de mediação imobiliária, como por qualquer particular que tenha um imóvel para vender ou arrendar.

Relativamente aos anúncios colocados por particulares, normalmente o proprietário do imóvel indica no anúncio os contactos para se obter mais informações, que pode ser um telefone ou o correio eletrónico.

No caso dos anúncios fraudulentos, e de acordo com relatos de reclamações, é apenas indicado um endereço de correio eletrónico, e a resposta recebida pelo consumidor está, quase sempre, redigida em português, mas com muitos erros e até com frases sem sentido, sendo sugerido com frequência que as comunicações futuras sejam feitas em inglês ou noutra língua. Este é, desde logo, um primeiro sinal para que estejas alerta.

É também comum que nessa resposta seja explicado que não é possível visitar o imóvel previamente e é solicitada a transferência de dinheiro, para que se faça a reserva ou pagamento de caução ou ainda se paguem as primeiras rendas do contrato. Porém, não o deves fazer.

E as fotos - que muitas vezes não coincidem - são outro indicador importante, bem como indicações imprecisas ou falta de localização.

As autoridades têm informado sobre a existência destes falsos anúncios de imóveis que oferecem rendas baixas, que exigem essa prévia transferência bancária e depois desaparecem totalmente, perdendo-se o seu rastro e, claro, o dinheiro pago pelo consumidor.

 Aconselhamos-te a não efetuares pagamentos antes de visitar o imóvel e, no caso de anúncios que apresentem valores muito inferiores aos de mercado, deves desconfiar sempre que a oferta não é sequer razoável. É importante ainda conhecer o proprietário do imóvel pessoalmente, negociar e celebrar um contrato por escrito, antes de se proceder a qualquer tipo de pagamento.

Quando a oferta é boa demais para ser verdade, provavelmente não é mesmo verdade." - in Idealista/News

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